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Glossário Numismática
os termos mais usados na numismática

A numismática é uma disciplina fascinante que se dedica ao estudo e coleção de moedas e notas, explorando não apenas a sua história e evolução, mas também os aspetos culturais, económicos e artísticos associados a esses objetos. Originada do termo latino “numisma”, que se refere a moeda, a numismática desempenha um papel crucial na preservação e compreensão do passado, pois as moedas muitas vezes servem como testemunhas silenciosas de civilizações antigas e eventos históricos.

Para se melhor compreender o mundo da numismática, existem alguns termos chave que podem ajudar, tais como:

 

Alpaca – Liga metálica de níquel, zinco e cobre, também conhecida por metal branco, prata níquel e argentão.

Anverso, verso ou face – É o lado principal da moeda. Representa quase sempre a entidade emissora. Geralmente é a face constituída pela figura do soberano ou chefe de estado do País emissor. Na gíria popular designa-se por «cara».

Bordo(a) – É o lado da moeda visto na vertical, que pode ser lisa, serrilhada, ornada ou com legendas. Colocado no intuito de impedir o seu cerceamento e local de aferição do diâmetro da moeda.

Bronze – Liga bastante dura de cobre e estanho, que pode conter zinco e outros elementos.

Campo – É todo o espaço central de uma e outra face.

Carimbo – Marca aposta por órgão emissor com finalidades diversas, tais como: aproveitamento em outro padrão monetário, alteração de valor, restrição em área de circulação, etc.

Cerceamento – Ação fraudulenta de remoção de pedaços ou redução de peso no caso das moedas feitas com ligas ou metais preciosos.

Conto de Reis – 1.000.000 Réis (1:000$000)

Contorno – Orla em que se encontra a legenda.

Cunho – Peça em metal, normalmente em aço temperado, cuja superfície se acha gravado o desenho invertido da moeda que se vai cunhar; com ele se imprime a gravura nos discos metálicos.

Cunho umbigado – Diz-se quando é possível ver parte do desenho do anverso de uma peça no seu reverso ou vice-versa. Este efeito é devido a batida de um cunho contra o outro sem o disco interposto, fazendo com que os caracteres de um marquem o outro. Estes caracteres são repassados de forma invertida às moedas cunhadas posteriormente. Efeito fantasma ou Cunho umbigado. Anverso no reverso ou reverso no anverso são outros nomes.

Cupro-níquel – Liga moderna, muito dura, de cobre e níquel, resistente ao desgaste e à corrosão.

Disco Metálico – Diz respeito ao círculo metálico antes da cunhagem.

Dístico – Cada uma das inscrições que constituem o texto da moeda metálica. Pode indicar o valor, o emissor, o fabricante, a data etc.

Dobra – 12.800 Réis (12$800)

Dobrão – 20.000 Réis (20$000)

Efígie – Representação ou imagem de pessoa. Figura de pessoa importante representada em moeda ou medalha.

Emissor – País ou entidade oficial responsável pela colocação do dinheiro em circulação.

Ensaio monetário – Moeda cunhada para modelo ou amostra, confeccionada, muitas vezes, em metal diverso do escolhido para a peça definitiva.

Eixo – Linha reta, real ou imaginária, em torno da qual um corpo efetua ou pode efetuar movimento de rotação.

Eixo horizontal (EH) – Eixo de moeda – Considera-se que uma moeda tem eixo horizontal quando ao rodarmos a moeda ela apresenta a outra face invertida em relação à que primeiro foi visualizada. Atualmente só são cunhadas moedas de eixo horizontal, contudo surgem por vezes moedas de eixo vertical, normalmente por deficiências de cunhagem, o que as torna rapidamente valorizadas, por se tratarem de moedas muito raras e com uma procura muito elevada.

Eixo vertical (EV) – Eixo de medalha – Considera-se que uma moeda tem eixo vertical quando ao rodarmos a moeda ela apresenta a outra face na mesma posição relativamente à que foi visualizada em primeiro lugar. Assemelha-se a uma “Medalha”.

Era – Antiga expressão para designar “DATA”, que aparece na moeda metálica fabricada antes de 31.05.1974 (Voto CMN 381/74 – Sessão 229).

Escudete – Carimbo unifacial em forma de um pequeno escudo com a finalidade de alterar o valor da moeda.

Exergo – Local inferior do campo, onde geralmente encontra-se a data e a letra monetária.

KM – Classificação numérica das moedas, por país emissor, adotada por Krause e Mishler.

Legenda – Palavra ou conjunto de palavras que ocupam a orla da moeda e indicam painel, efígie ou “portrait”.

Letra Monetária – Letra ou sinal que indica a casa da moeda onde foi cunhada.

Listel – Círculo saliente na circunferência das moedas.

Moeda Comemorativa – Moeda metálica, de cunhagem limitada, lançada em circulação em comemoração a eventos importantes.

Moeda Recunhada – É a moeda que passa por outro cunho, para que seja alterado o tipo, o valor etc., e muitas vezes a nacionalidade.

Módulo – É o diâmetro da moeda.

Mossa – Vestígio de pancada na moeda, deformação.

Numismática – Ciência que estuda as cédulas, as moedas e as medalhas.

Orla – Parte da moeda que contorna os motivos e que, geralmente, traz a inscrição que determina a origem, nomes, especificidades do país, comemorações, etc.

Meia Pataca – 160 Réis

Pataca – 320 Réis

Patacão – 960 Réis

Pátina – Resultado da oxidacão do(s) metal(is) usado(s) na cunhagem da moeda e que surge com o passar dos anos.

Efígie – Busto ou imagem que retrata uma personalidade ou um simbolismo baseado em figura humana.

Proof – Sistema de cunhagem com espelhamento no fundo e fosqueamento na figura da moeda.

Prova – São as primeiras moedas cunhadas para se testar o cunho.

Rebordo –  borda revirada. Limite extremo da face da moeda, onde é ligeiramente mais alto que as figuras, para impedir o seu desgaste rápido, contorno pelo qual se afere a espessura da moeda.

Reverso – Face oposta ao anverso. Representa o valor facial da moeda, ou seja, o seu valor fiduciário. Normalmente nesta face as moedas apresentam uma coroa, nome que se atribui na gíria popular.

Reverso Invertido – Diz-se do reverso da moeda quando a sua posição é contrária ao que foi determinado oficialmente.

Serrilha – Acabamento trabalhado do rebordo da moeda, destinado a impedir o cerceio (raspagem).

Sigla – Um monograma com as iniciais do gravador.

Terceiro lado – A borda (rebordo) da moeda também é chamada de terceiro lado.

Título – É o grau de pureza ou teor do respectivo metal em que a moeda foi cunhada. Geralmente aplicado a metais nobres como: prata, ouro, etc.

Tostão – 80 Réis – período Colonial e Imperial

100 Réis – Moeda em cupro-níquel emitida entre 1917 a 1932

Valor intrínseco – Valor do metal de que é feita a moeda.

Valor Legal ou Valor Facial – É o valor dado por lei para que com ela circule.

Vintém – 20 Réis.

 

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